domingo, 7 de junho de 2020

Você sabe o que significa Alexitimia?






Alexitimia é um termo que se relaciona com a  dificuldade em descrever emoções, sentimentos e sensações corporais. Não é ausência de emoções, mas sim a incapacidade para reconhecê-las.
Um Alexitímico apresenta dificuldades nas suas relações interpessoais. É incapaz de mostrar alegria pelo sucesso  do outro,  ou tristeza pela perda de uma pessoa próxima. Aos olhos dos outros, esta pessoa pode parecer insensível e fria a nível emocional, assim como pragmática e calculadora.
Tratamento: Alexitimia  pode ser tratada com terapia estratégica proporcionada pelo psicólogo pode “treinar” o indivíduo para que este se identifique emocionalmente. De forma consciente e segura, aprenderá a expressar suas emoções, restabelecendo o contato social.

Existem teorias que a associam a algum trauma cerebral, a defeitos na formação neurológica, a influências socioculturais e outras que acreditam numa origem psicológica como, por exemplo, traumas na formação infanto-juvenil, ou mesmo mais tarde.


  Carmen Barros
Psicóloga Clínica.

terça-feira, 21 de abril de 2020

21 de abril de 2020 - "O mundo no isolamento"

DICAS PARA ENFRENTAR ESSE MOMENTO DE PANDEMIA. 

Posso imaginar o que está sentindo perante essa  pandemia: medo,  angústia,  ansiedade, estresse, tristezas, desanimo, desesperança.  Nossa!!!  São muitos sentimentos que nos atingem, mas não vamos dar significado a esses sentimentos, vamos desclassificá-los.

Talvez você seja aquela pessoa dramática, alarmista e fica imaginando e tendo ideias  catastróficas e criando uma ansiedade gratuita. Acalme-se.
Ou aquela pessoa que quer aproveitar o máximo seu tempo, produzir, fazer tudo quanto é curso achando que  é a única oportunidade da vida. Acalme-se.
Ou aquela pessoa  que, em vez de aproveitar o momento e viver o que está ao seu alcance, inclina para a raiva, mau humor,  revolta, vendo somente o lado negativo. Incline seus olhos para as coisas boas.
Lembrem-se, o mundo inteiro está passando pelo mesmo problema que você. No entanto, você pode estar privilegiado diante de algumas pessoas.
Você consegue enxergar que se preencher seu tempo ocioso com : prazer às leituras, prazer em assistir um filme, prazer em elaborar uma comida especial, prazer de estar no aconchego do seu lar, oportunidade de estar  sozinho revendo conceitos, se conhecendo mais, prazer em arrumar sua casa, prazer em brincar, prazer, prazer, prazer etc...
Se valorize, cuide do seu interior, cuide da sua alma, perceba-se, seja resiliente, olhe para o outro, ainda há tempo de rever sua vida e mudar para melhor. 
      
         Carmen Lúcia Barros Miguel

                    Psicóloga Clínica

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Nossos Impulsos


Pensar antes de agir não parece fácil e comum para todo mundo. Para os impulsivos, que agem sem pensar e ponderar as consequências das palavras e ações, o "pensar antes" não existe.

No geral, os atos impulsivos são seguidos de arrependimento e sentimento de culpa. Se você tem dificuldade de controlar suas palavras e ações, é importante mudar o próprio comportamento e não permitir que ele atrapalhe o seu dia a dia ou comprometa sua relação com as pessoas.

Ao identificar um comportamento impulsivo não se culpe e não alimente percepções negativas sobre você.

Dicas:

Acredite em você: você é responsável por controlar seu temperamento e atitudes. Falar e agir sem sofrer e causar dano só depende de você. Acredite no poder na mudança.

Seja seu próprio vigilante: Compreender o que te tira do eixo é a melhor forma de ficar de alerta. Preste atenção no que causa incomodo.

Pratique diariamente: Não desista na primeira resposta "torta". O esforço para manter o controle é diário. Seja persistentes, porque as mudanças não acontecem do dia para a noite.

Pense antes de agir: Não fazer escolhas de imediato e, consequentemente, pensar antes de agir é a melhor forma de começar a exercitar a mudança. Principalmente, diante de situações que o incomodam, é importante estabelecer uma linha de raciocínio e e não fazer escolhas de imediato.

Procure ajuda: Para alguns, pensar antes de agir é uma tarefa mais difícil do que parece. Se você tiver dificuldade, procure um psicólogo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016



Vida sem Culpa

Eu abro o coração e a mente para a consciência... de que não há motivo para sentir culpa em relação ao que não posso ou não pude fazer.
Quando o dedo da culpa é apontado para nós, pode ser bastante difícil livrar-se dele. E não há culpa mais devastadora do que a que sentimos quando apontamos o dedo acusador para nós mesmos.
Culpa em relação ao que você fez. Culpa com relação ao que não fez. Uma mente ou um coração culpados são incrivelmente destrutivos. A culpa danifica a sua auto-estima e o seu auto-respeito,  depois contamina os seus relacionamentos, tornando difícil dar a quem quer que seja um voto de confiança. Quando acreditamos que temos culpa, criamos situações para sermos acusados e punidos.
Você  não tem  culpa!! Talvez pudesse ter feito as coisas de modo melhor. Mas, naquele momento, você fez o que pôde, com as condições que tinha. E você evoluiu a ponto de perceber agora que poderia ou gostaria de ter feito melhor. Por isso, não pode condenar-se a passar a vida inteira provando ser uma boa pessoa. Para se livrar da culpa, reconheça primeiro o que fez. Pense que gostaria de ter feitio e no que aprendeu com seu erro. Acolha-se com carinho e tolerância. E se o seu ato feriu ou prejudicou alguém, peça desculpa e repare o dano. Só assim você terá a oportunidade de fazer escolhas da próxima vez.
Até hoje, você pode ter sido incapaz de se ver livre da culpa. Hoje, dedique-se a livrar-se dela e a crescer com o que aprendeu.
Hoje eu me dedico a viver uma vida sem culpa.


Vanzant, I

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Avaliação Psicológica e Neuropsicológica: estudo de caso de um paciente com interdição judicial.

Carmen Lúcia Barros Miguel¹
Cleusa da Conceição Rodrigues Shibata¹
Carmen Maria Bueno Neme²
Mirella Faraco Cardia Ferreia de Lima³
Marina Pavão Battaglini Matos³
RESUMO – A Neuropsicologia é um campo disciplinar que envolve o estudo do cérebro e do comportamento dos processos mentais. Consiste em uma área interdisciplinar, tendo a contribuição profissional de diversas áreas do conhecimento. As Avaliações Psicológicas e Neuropsicológicas são cada vez mais utilizadas para clarificar o diagnóstico de complexas especialidades, incluindo aqueles que envolvem ações judiciais de diversas naturezas, como os casos de interdição judicial. O objetivo deste estudo é o de realizar a avaliação neuropsicológica de um adulto do sexo masculino, com histórico de interdição judicial. Método: foram realizadas trinta sessões de atendimentos psicológicos com o paciente e com familiares. Utilizaram-se os instrumentos: Wais III (Escala de inteligência Wechsler para adultos); Figuras Complexas de Rey; J. C. Raven. (Teste das Matrizes Progressivas Escala Geral); Escala de Depressão de Beck; H-T-P (Técnica Projetiva de Desenho). Buscou-se contribuir com a área da Avaliação Neuropsicológica em sua relação com o Poder Judiciário, ressaltando a atuação cuidadosa dos diferentes profissionais que participam de tais decisões ou as subsidiam, tendo em vista seus efeitos na vida dos indivíduos diagnosticados e envolvidos em tais procedimentos.
Palavras-chave: avaliação neuropsicológica, instrumentos psicológicos, interdição judicial.
Psychological and Neuropsychological Assessment: case study of a patient with injunction
ABSTRACT – The neuropsychology is a disciplinary field that is related to the study of brain and the mental processes behavior. It consists of a interdisciplinary area with the contribution of different knowledge areas. The psychological and neuropsychological evaluations are increasingly used to clarify the diagnosis of complex specialities, including those involving lawsuits, such as cases of injunction. The objective of this study is to perform neuropsychological evaluation of an male adult with a history of injunction. Method: thirty sessions of psychological treatment with the patient and family. Instruments: Wais III (Wechsler Adult Intelligence Scale); Rey complex figure test; J. C. Raven (Standard Progressive Matrices); Beck Depression Inventory; HTP (Projective Drawing Technique). It was aimed to contribute to the field of neuropsychological evaluations in its relation to the Judiciary, highlighting the careful performance of the various professionals who participate in such decisions, in view of its effects on the lives of diagnosed and involved individuals in such procedures.
Keywords: neuropsychological evaluation, psychological instruments, injunction
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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Encerrando Ciclos
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015


Ansiedade / Estresse

Como sentimos emocionalmente a ansiedade ?

Psicologicamente, a Ansiedade aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, uma expectativa e um estado de alerta.

Quando mais intensa, a Ansiedade é responsável por uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos.É assim que o Domingo das pessoas ansiosas tem uma apreensão de segunda-feira e antes de dormirem já pensam em tudo que terão de fazer quando o dia amanhecer. É a corrida para não deixar nada para trás. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier. As férias são tranqüilas e festivas apenas nos primeiros dias mas, logo em seguida, começam a se agitar: ou porque sentem que não estão fazendo alguma coisa que deveriam fazer, embora não saibam bem o que, ou porque pensam em tudo aquilo que terão de fazer quando as férias terminarem.

Gente!! Viver cada "dia um dia", deletar pendências, se perceber, e deixar as coisas mais flexíveis. Aceite que pode errar e não seja tão exigente consigo mesmo.Dê um grito de libertação, e diga a você mesmo:  " amanhã será um novo dia e tudo pode mudar para melhor".

A Ansiedade patológica tem uma ocorrência duas vezes maior no sexo feminino e se estima que até 5% da população geral tenha algum tipo de Transtorno de Ansiedade. Sendo a Ansiedade uma grande mobilizadora do Sistema Nervoso Autônomo, neste tipo de transtorno encontramos, sobretudo, uma rica sintomatologia física. Esta é uma razão mais que suficiente para que tais pacientes freqüentemente percorram um exaustivo itinerário médico. Sobre a sintomatologia geral da Ansiedade aumentada, comumente se observa pelo menos SEIS dos 18 sintomas seguintes:

01 - tremores ou sensação de fraqueza10 - náuseas e diarréia
02 - tensão ou dor muscular11 - rubor ou calafrios
03 - inquietação12 – polaciúria (urina muitas vezes)
04 - fadiga fácil13 – sensação de bolo na garganta
05 - falta de ar ou sensação de fôlego curto14 - impaciência
06 - palpitações15 - resposta exagerada à surpresa
07 - sudorese, mãos frias e úmidas16 - pouca concentração ou memória prejudicada
08 - boca seca17 - dificuldade em conciliar e manter o sono
09 - vertigens e tonturas18 – irritabilidade


Esses sintomas são de natureza inespecífica, podendo surgir indistintamente em todas as pessoas submetidas à forte estresse. Trata-se de manifestações basicamente psico-neuro-biológicas conseqüentes ao desequilíbrio do Sistema Nervoso Autônomo. Tal quadro costuma estar relacionados ao Estresse crônico, tem um curso flutuante (vão e vêem) e tendência a cronificação quando não tratado.